segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sucos Detox

Todos os dias acabamos consumindo alimentos que vão nos intoxicando. Seja um salgado na cantina, cafés, álcool, entre tantas outras coisas. Chega uma hora que nosso corpo pede por socorro e é neste momento que podemos nos beneficiar dos deliciosos e super funcionais sucos detox!

Claro que para manter uma boa saúde não adianta nada se empanturrar de porcarias e depois tomar os sucos, é preciso mudar os hábitos alimentares, fazer uma reeducação alimentar procurando sempre por alimentos mais saudáveis, integrais, orgânicos e vivos (para que gosta de seguir a linha dos germinados).

Mas enfim, ficam aqui algumas dicas de sucos Detox que são uma delícia e ajudam e muito o organismo neste processo de desintoxicação. Eles tem como principais propriedades serem diuréticos, termogênicos (aquecem o organismo auxiliando na quebra de gorduras).

São receitas super fáceis de fazer, confira:

Suco Detox Espinafre com Maçã

  • 200 ml de água
  • 1 xicara (chá) de espinafre
  • 1 maçã pequena
  • suco de 1 limão
  • 1 colher (chá) de gengibre ralado
  • 1 colher (chá) de linhaça
Bata tudo no liquidificador, coe e sirva.


Suco Detox com água de Coco
  • 300 ml de água de coco
  • 2 folhas de couve
  • 1 colher (chá) de gengibre em pó
  • 2 colheres (sopa) de suco de limão
  • 3 gotas de pimenta tabasco
Bata tudo no liquidificador, coe e sirva.


Suco Detox Verde
  • 2 laranjas sem casca e sem sementes
  • 3 folhas de couve com talos
  • 1 pedaço médio de gengibre descascado
  • 1 litro de água
Bata tudo no liquidificador, coe e sirva


Suco Detox de Tomate
  • 2 tomates médios maduros, sem pele e sem sementes
  • 200 ml de água com gás
  • suco de 2 limões
  • 2 gotas de pimenta tabasco
Bata tudo no liquidificador, coe e sirva.



Suco Detox de Melancia
  • 3 pedaços grandes de melancia sem casca e sem caroços
  • 1 colher (chá) de linhaça em pó
  • 1 colher (chá) de gengibre ralado
  • 150 ml de água
Bata tudo no liquidificador, coe e sirva.








Fonte:

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Lançamento do Livro e Curso Casa Natural

No dia 13 de novembro aconteceu o lançamento do livro Casa Natural  do arquiteto Carlos Solano e Nossas Árvores - O resgate do Sagrado, também de Solano em parceria com Sandra Siciliano.






O lançamento foi no Restaurante Chácara Santa Cecília, um lugar muito lindo e inspirador.
Tudo organizado por Cris Ventura do Canto do Feng Shui
















Compareceram amigos, fãs e familiares.















Livro lindo!!!!










Nos dias 14, 15 e 16 aconteceu no Espaço Cult -  Vila Madalena, o Curso Casa Natural, um curso que toca a alma, cheio de surpresas e boas energias.









Foram três dias de muitos ensinamentos. Também contamos com a presença super especial dos raizeiros e benzedeiros Tantinha e Fernando que nos presentearam com seus produtos naturais e bençãos.









Carlos Solano transmitindo as sabedorias populares, tudo para harmonizar a nossa morada, tanto externa quanto interna!







A organização ficou por conta de Cristina Ventura e Eu! A Cris me convidou para ajudá-la nesta tarefa e se empenhou ao máximo para que tudo saísse o mais perfeito possível! Também contou com a participação de Alessandra Marcuzzi para o arranjo das flores, Aurea Balbi e Silvani Cruz com suas Jóias de luz, Cláudia com as artes e Viviane Sodré com as fotografias.

O coffee foi pensado com muito carinho e procuramos oferecer as queridas alunas produtos de qualidade e que fossem todos especiais. Sendo assim, nosso coffee foi composto de:







deliciosos pães artesanais da Masseria, feitos com muito carinho pelo Claudio, pastas e recheios arábes da Latife Empório Arábe













bolos de vó feitos pelo Armazém do Bolo!! Hummm  estava tudo muito bom!








E assim foi o final de semana maravilhoso!

Parabéns a turma que pode estar conosco nestes dias únicos e especiais. Que todas levem e pratiquem as sabedorias compartilhadas, trazendo mais harmonia e bem estar para si e para os que as cercam.


Ah e já ia me esquecendo, as lembrancinhas - Sprays Aromáticos de Ambiente foram feitos aqui pelo Quintal, por mim! Não tirei fotos......kkkkk
Mas, quem quiser pode encomendar entrando em contato pelo email ou telefone que estão aqui na aba contatos!

Contatos:

Espaço Cult - Fernanda
Rua Aspicuelta, 99 - Alto de Pinheiros
(11) 3032-2800

Masseria - Claudio
Rua Sales Guerra, 75 - Lapa
(11) 3871-1441

Latife Empório Árabe - Margareth
Av. Paulista 2064 - Shopping Center 3
(11)3266-6221

Armazem do Bolo - Márcia
Rua Heitor Penteado, 1590 - Vila Madalena
(11)2337-1229

Fotografia -  Viviane Sodré
contato: vivisodrephoto@uol.com.br

Jóias de Luz -  Aurea

Escritora - Sandra Siciliano

Arquiteto e Palestrante - Carlos Solano

Arranjos Florais - Alessandra Lima Design

Raizeiros e Benzedeiros - Aparecida Arruda (Tantinha) e Fernando Vieira
Ervanário São Francisco de Assis
email: ervanario@oi.com.br
tel: (31) 3483-9167/ (31) 8564-7083

Canto do Feng Shui - Cris Ventura
email: crisfengshui@gmail.com
celular: (11) 99114-3065

domingo, 9 de novembro de 2014

Bolo Cremoso de Chocolate e Menta

arquivo pessoal
Este é o tipo de bolo perfeito pra servir para os amigos com um delicioso cafezinho!

Areceita original é do site Chocolatria mas, eu peguei uma adaptação dela no site do Caldeirão da Bruxa Solar e claro, coloquei o meu toque!!!

É bem fácil de fazer, etão vamos a receita!






Ingredientes:

Massa

  • 200g de chocolate meio amargo (eu não tinha meio amargo então usei o ao leite mesmo)
  • 120g de manteiga sem sal (aproximadamente 3 colheres de sopa cheias - aqui também não tinha manteiga, usei margarina mesmo)
  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 5 ovos
  • 3/4 xícara (chá) de farinha de trigo
  • 1 colher (chá) de pó de café solúvel (eu coloquei 1 de sobremesa bem cheia, pq eu amo café kk)
Cobertura
  • 150g de chocolate ao leite
  • 1 colher (sopa) de manteiga sem sal (usei margarina)
  • 1 caixinha de creme de leite
  • 1 gota de óleo essencial de hortelã (Mentha arvensis)
Preparo:

Massa:
arquivo pessoal
  1. Pré- aqueça o forno em 180 graus
  2. Em um recipiente de vidro ou cerâmica, coloque o chocolate picado com a manteiga e leve ao microondas para derreter. Programe de 30 em 30 segundos para não queimar, mexendo sempre antes de colocar novamente no microondas. Misture bem até formar um creme bem liso e homogêneo e reserve.
  3. Na batedeira coloque os ovos e bata até formar um creme fofo e claro.
  4. Em seguida acrescente o açúcar, o pó de café solúvel e o chocolate derretido com manteiga. Bata até misturar bem.
  5. Acrescente a farinha de trigo enquanto continua a bater.
  6. Despeje a massa em uma assadeira de aro removível com 22 cm de diâmetro, untada com margarina e coberta com papel assa fácil. Pode utilizar o papel manteiga tb mas ai tem que untar com margarina e farinha de trigo em cima do papel pois ele gruda no bolo. Este assa fácil é bem mais prático pois não precisa untar em cima..basta colocar na forma com o lado brilhoso pra cima, pra ficar em contato com o alimento. Ele não gruda ok.
  7. Asse por mais ou menos 30 a 40 minutos.....até que se forme uma casquinha crocante em cima do bolo e ao chacoalhar a assadeira levemente, o bolo não mexer. O teste do palito neste bolo não funciona pois ele é um bolo cremoso!
  8. Retire do forno e espere esfriar para desenformar.
Cobertura
arquivo pessoal
  1. Coloque o chocolate picado junto com a manteiga em um recipiente de vidro ou cerâmica e leve ao microondas para derreter. Programe de 30 em 30 segundos mexendo sempre antes de inciar novamente.
  2. Mexa bem para ficar homogêneo. Acrescente o creme de leite aos poucos e vá mexendo para incorporar bem.
  3. Por último, coloque 1 gota do óleo essencial de hortelã (é muito importante ser apenas 1 única gota para o sabor não ficar acentuado demais)
  4. Sirva por cima do bolo.


arquivo pessoal

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Aromaterapia para enfrentar momentos dificeis

Mais um artigo fresquinho no ar, no site do Personare.

Neste artigo você irá conhecer os óleos essenciais mais indicados para situação difícil da vida e a melhor forma de empregá-los.

Aromaterapia-para-enfrentar-momentos-dificeis

Confiram e espero que gostem!!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

História do uso dos óleos essenciais

Pessoal, eu ia escrever sobre a história da Aromaterapia, mas minha querida colega de profissão Fran Machado, publicou um post super bacana sobre isso no blog dela Aromas Vitais e me autorizou a reproduzi-lo aqui. Todos os créditos encontram-se devidamente mencionados ao final do texto ok.





Este texto foi retirado do site da Laszlo, que gentilmente autorizou sua reprodução. As referências estão disponíveis ao final da postagem.

Não podemos datar com exatidão a primeira extração por destilação do que chamamos de "óleos essenciais". Há alguns milhares de anos, ervas aromáticas, bálsamos e resinas eram empregados para embalsamar cadáveres, em cerimônias religiosas ou sacrifícios e nenhum documento que permaneceu daquela época, fala com exatidão do uso de óleos essenciais isolados.

A história da aromaterapia pode ser resumida em quatro grandes épocas.

A primeira é aquela no curso da qual eram utilizadas as plantas aromáticas tais como elas são: na alimentação, inicialmente sob a forma de macerações e, em seguida, em infusões ou decantações.

A segunda na qual as plantas aromáticas eram queimadas ou postas para infundir ou macerar em um óleo vegetal. Nesta época, surgiu a noção de atividade ligada à substância odorificante.

Durante a terceira época, interveio a pesquisa de extração desta substância odorificante. É o nascimento do conceito de “óleo essencial” que resultou na criação e no desenvolvimento da destilação.

Por fim, no período moderno, no qual o conhecimento dos componentes dos óleos essenciais é levado em conta para explicar as atividades físicas, químicas, bioquímicas e, recentemente, eletrônicas dos aromas vegetais.

Há 40.000 anos, as populações aborígines presentes no continente australiano tiveram que aprender a se adaptar às muito duras condições de vida do seu meio. Eles conseguiram isso de maneira extraordinária, em particular, desenvolvendo um excepcional conhecimento da flora indígena, Assim, eles utilizavam freqüentemente as folhas de Melaleuca alternifolia, cujo óleo essencial é de grande importância no “arsenal” aromaterapêutico moderno.

Os três grandes berços geográficos da civilização aromática: os Hindus, a China e a Bacia do Mediterrâneo nos legaram conhecimentos e procedimentos cuja validade é ainda hoje atual. Um alambique feito em terra cozida descoberto no Paquistão parece remontar a 5.000 anos de nossa era.

O Continente Indiano é uma das regiões do mundo mais ricas em plantas aromáticas: elas estão, desde há muito tempo, em destaque no tratamento dos problemas de saúde. Há mais de 7.000 anos, as “águas aromáticas” eram ali conhecidas e utilizadas. Os perfumes eram largamente utilizados na medicina, os Rishis recomendavam seu uso no decorrer dos sacrifícios religiosos, mas também para tratar o corpo e o espírito. A Índia é o país de origem do manjericão, onde ele era sagrado. Surgidos há 3.000 anos, o RigVeda e o Suçrutasamhitâ descrevem numerosas fórmulas de banhos e massagens onde eram utilizados. O cálamo, os capins do gênero Andropogon (capim limão, cidreira, citronela, vetiver, etc), o espicanardo, a canela, o cardamono, o coentro, o gengibre, a mirra em meio a mais de 700 substâncias aromáticas são citados. Estas eram utilizadas na função de suas ações psicológicas. As oficinas comportavam instalações para sua destilação. Eles eram provavelmente extratos alcoólicos (não óleos essenciais puros) e não eram empregados simplesmente como perfumes, mas possuíam usos, segundo o Rig Veda, tanto em cerimônias religiosas, quanto num sentido terapêutico.

Os persas já utilizavam óleos
essenciais na cura de epidemias.


A medicina ayurvédica codificou o uso de numerosas plantas aromáticas como: Coriandrum sativum, Cinamomum verum, etc.

Na Mesopotâmia, uma inscrição que remonta aproximadamente 4.000 anos faz menção da utilização de óleos nos quadros de ritos religiosos, mas igualmente na luta contra “epidemias”.

Na Babilônia, uma forma primeira de aromaterapia consistia em fazer queimar cipreste e outras plantas aromáticas para lutar contra os espíritos malfeitores considerados como provocadores de doenças e, em particular, de miasmas.

Na China, 3.500 anos antes de nossa era, ao longo do Rio Jovem, as madeiras aromáticas eram utilizadas como incenso.

É provável que nesta mesma época, no mesmo lugar, foi descoberto o processo de extração de óleos essenciais a partir da infusão de plantas. Há 4.500 anos aproximadamente, Shen Nung redigiu o mais importante tratado de fitoterapia, no qual cita numerosas plantas aromáticas. Nesta mesma época, o Houang-Ti Nei-Jing Su-Wen fazia referências à utilização de preparações óleo-aromáticas para a massagem. O livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo da China, fala sobre o uso de remédios aromáticos como o opium e o gengibre, muitos destes empregados não só terapêuticamente, mas inclusive em cerimônias religiosas como o Li-ki e Tcheou-Li.
Shen-Nung, autor do mais antigo livro
de medicina da China que se tem conhecimento.
Escrito em 2.500 a.C. já descrevia
curas através da aromaterapia.

Em torno da Bacia do Mediterrâneo, o uso de plantas aromáticas ocupava um lugar preponderante tanto na vida cotidiana quanto nos rituais. Não é sempre fácil, baseando-se sobre tradições das quais não dispomos, fazer corresponder com precisão os nomes citados com as plantas botanicamente definidas hoje.

No Egito, entre 3.000 e 2.000 antes de nossa era, época na qual um método rudimentar de destilação era utilizado, o uso das plantas aromáticas atingiu um desenvolvimento importante. Os médicos desta época as utilizavam para tratar as doenças, mas também na ocasião de práticas mágicas, religiosas e esotéricas. As plantas utilizadas, assim como os seus derivados, eram, em grande parte, de origem local, mas um certo número era regularmente importados da Etiópia e do Extremo-Oriente. Os antigos egípcios isolaram vários perfumes e conheciam os óleos essenciais de terebintina e de mastique, sem dúvida o primeiro óleo essencial, obtido a partir da destilação a seco. Referências em manuscritos datados de 2.000 A.C. falam de "finos óleos, perfumes e os incensos de templos usados para a adoração de Deus". Eles queimavam olíbano ao nascer do sol oferecendo ao Deus sol, Rá, e mirra que era oferecido à lua. Vasos de alabastro encontrados em antigas tumbas dos faraós continham óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 atrás. Os egípcios empregaram gomas e óleos no processo de embalsamento de cadáveres, eram peritos na área de cosmetologia e reconhecidos por seus preparados de ervas.

Os vinhos aromáticos eram utilizados por suas virtudes anestésicas. No entanto, é na mumificação, constituída na impregnação completa dos tecidos do defunto com uma mistura de extratos aromáticos, e de maneira particular de óleos de cedro e de manjericão, que seu uso nos deixou traços mais precisos. Enfim, as fumigações aromáticas eram largamente utilizadas a partir da mistura de sessenta plantas: o Kyphi. Este era igualmente empregado como remédio e queimado nas habitações para desinfetá-las. Esta mistura fito-aromática continuará a ser amplamente utilizada na Grécia e em Roma.



Aproximadamente 1.500 anos antes de Cristo, os escritos atribuídos a Imhotep indicam receitas que se assemelham a aromaterapia moderna; Nesta época, no Egito, mesmo que os óleos essenciais não sejam assinalados nomeadamente, as plantas aromáticas já eram amplamente utilizadas. Estas últimas, como gomo-resinas aromáticas, eram transformadas por infusão em óleos vegetais, este que beirava as essências vegetais, base da preparação de ungüentos aromáticos.

Os frutos de Juniperus communis e as cascas de Cinnamomum verum eram freqüentemente utilizadas nesta época, seja maceradas em óleos sob a forma de ungüentos ou de vinhos medicinais, seja, bem provavelmente, sob a forma de óleos essenciais.

Sabe-se que foram os Egípcios que criaram o termo “perfume”, do latin per fumum que se traduz como fumaça. Os homens egípcios utilizam fragrâncias tanto quanto as mulheres. Uma forma interessante que eles usavam para perfumarem-se a eles mesmos era colocar um cone sólido de perfume sobre suas cabeças. Este gradualmente derretia e o enchia de todo o cheiro.

Por sua vez, os Hebreus empregavam os aromas sobretudo na ocasião de ofícios religiosos. Pode-se ler sobre este tema na Bíblia, na seguinte passagem: O Senhor falou para Moisés, dizendo: “Pega aromas de primeira qualidade: cinco quilos de mirra virgem, dois quilos e meio de cinamomo aromático, dois quilos e meio de cana aromática, cinco quilos de cássia, segundo o peso do santuário, e nove litro de azeite de oliva." Farás disto um óleo para a unção sagrada, uma mistura de especiarias preparada segundo a arte da perfumaria.

Mas eles conheciam também as virtudes medicinais e, frequentemente untavam todo o corpo com misturas, tanto para tratar de doenças, como para elevar suas almas. Quanto aos Gregos, eles fizeram um largo consumo de substâncias odoríficas naturais e diversas obras foram escritas para louvar suas propriedades e indicar as melhores regiões de produção.

No Livro XIII de sua História Natural, Plínio trata de árvores e vegetais produtoras de essências. Hipócrates, “o Pai da Medicina”, indica, nos aforismos que lhe são atribuídos, a utilidade de banhos aromáticos no quadro de tratamento de doenças da mulher. Em Atenas, ele lutou contra epidemias, e particularmente, contra a grande peste que desolava a vila, fazendo queimar lavanda, alecrim, hissopo, segurelha e certamente inúmeras outras plantas aromáticas.

Três séculos após Hipócrates, Asculépio, amigo íntimo de Cícero, estava sem dúvida, próximo ao conceito anglo-saxão atual de aromaterapia, pois ele utilizava a massagem aromática, ao qual ele associava a música, os banhos e os vinhos. Mais tarde, uma utilização mais sistemática de aromas se desenvolveu na Grécia, de maneira bem particular sob a forma de massagens.

Teofrasto, autor do Tratado dos Odores, remarca o interesse terapêutico dos perfumes e observa os princípios fundamentais da ação dos óleos essenciais sobre os órgãos internos. Vai mesmo indicar os perfumes convenientes para cada parte do corpo da mulher...  

Um perfumista grego, que tinha o nome de Megallus, criou um perfume chamado “megaleion”. O megaleion incluía mirra em uma base de óleo graxo e servia para uma série de finalidades: (1) para perfumar (2) para uso como anti-inflamatório da pele (3) para curar feridas.
Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos e teriam tomado muito deste seu conhecimento dos gregos. Dioscorides Pedanius, antigo médico grego, no primeiro século durante o reinado de Nero, escreveu um trabalho sobre "matéria médica", que foi reproduzido posteriormente pelos árabes. Ele havia pesquisado as origens da invenção da destilação depois que notou as possibilidades médicas das águas destiladas (hidrossóis). Este tratado permaneceu uma referência para toda medicina ocidental durante um milênio. Este autor conhecia o Kyphi por suas propriedades anti-espasmódicas e inúmeras outras virtudes. O Juniperus phoenicea, considerou como sendo um útil espermicida.

Muitos romanos não possuíam banheiras em suas casas. Eles iam a grandes casas de banho públicas. Estes lugares, além de servirem para eles se limparem, eram também centros sociais onde os romanos faziam amigos e conversavam. Nas saunas romanas (caldários), ervas aromáticas eram infusas na água para aromatização.
Ilustração didática das casas de banho públicas, muito comuns na Roma antiga.

O primeiro dos documentos escritos sobre a história da destilação vai até os escritos de Geber, no século IX, onde descrevia a destilação a seco e a hidrodestilação parecem ter sido os inventores da destilação propriamente dita. Durante as Cruzadas o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes difundiu-se para o leste e Arábia. Ibn Sina (chamado deAvicena) 980 D.C - 1037 D.C., produziu o primeiro óleo essencial puro retirado da Rosa centifolia. Ele fez um amplo uso dos óleos essenciais na terapêutica. Mais tarde, nomeado, “príncipe dos médicos”, este imenso prático publicou mais de cem obras médicas, incluindo o célebre Cânone de Medicina, que faz referência a inúmeros óleos essenciais.

Os Árabes permitiram uma considerável evolução da química e da técnica da destilação. Eles produziram numerosos perfumes, especialmente a Damas. Mesmo que o interesse terapêutico de óleos essenciais era pouco conhecido na época, pode-se atribuir a eles o título de “fundadores da aromaterapia”.

Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e terapias naturais do que os árabes. Os doutores árabes e alquimistas inventaram a "serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados. A primeira descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século XIII onde relacionava terebintina e alecrim com a sálvia. Porém, as ervas eram inicialmente maceradas em "l'eau de vie" ou fermentadas em água (devido à presença de álcool) e a separação dos óleos essenciais não era feita ao fim do processo, obtendo-se assim somente águas aromáticas destiladas. No mesmo século muitos óleos essenciais como amêndoas amargas, arruda, canela, sândalo e rosa foram destilados, muitos pela primeira vez. Em fins dos séculos XV Jerome Brunschwing, doutor em Strasbourg, menciona o espicanardo, terebintina, madeira de junípero e alecrim. A intenção das destilações era de se obter a Quinta Essência tão almejada pelos alquimistas.

Por volta do ano de 1200, o rei Felipe Augusto II reconheceu a profissão de perfumista, concedendo a licença para a abertura de locais específicos destinados à comercialização de suas criações.

No século XII, uma freira chamada Hildegard, cultivou e destilou o óleo da lavanda com intenção de utilizar suas propriedades medicinais. No século seguinte (XIII), a indústria farmacêutica nasceu. Este evento encorajou a destilação de um grande número de óleos essenciais.

Em 1563, Giovanni Battista Della Porta escreveu "Liber de distillatione", com o objetivo de especificar claramente os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos essenciais das aromáticas águas destiladas.

Durante o século XIV, a peste negra matou milhões de pessoas. Preparados de ervas foram utilizados extensivamente para tratar as pessoas doentes. É de crença que alguns perfumistas não contraíram a praga devido ao seu constante contato com aromas naturais. Os médicos desta época, utilizavam uma roupagem específica e um nariz longo contendo vinagre, ervas e óleos essenciais que lhes protegiam de contrair a peste através da inalação. Com o século XV, mais plantas foram destiladas para criar óleos, incluindo olíbano, junípero, rosa, sálvia e alecrim. O aumento de livros sobre ervas e suas propriedades também cresceu no final deste século. A Paracelso, um alquimista, médico e pensador, é creditada a criação do termo “essência” e seus estudos radicalmente mudaram a natureza da alquimia e ele enfocou a utilização de plantas como remédios.

O nome “aromaterii” dado aos boticários durante o século XV, dá uma ideia do lugar ocupado pelas plantas aromáticas e seus extratos na medicina da época.

Durante o século XVI, qualquer um podia comprar óleos num “boticário”, e muitos novos óleos essenciais foram então introduzidos comercialmente. Neste século e no seguinte, a perfumaria começou a ser considerada uma forma de arte.
Nicholas Culpeper, o pai do
herbalismo.

No século XVII Nicholas Culpeper, um botânico inglês, herbalista, médico e astrólogo publicou os livros: “The English Physitian” (1652) e o “Complete Herbal” (1653), contendo um rico conhecimento sobre farmácia e herbalismo. Este famoso médico, dedicou grande parte de sua vida escalando as montanhas e florestas da Inglaterra, estudando e catalogando centenas de ervas medicinais. Culpeper condenava os métodos não naturais de tratamento de seus contemporâneos e utilizava ervas, óleos essenciais e outras alternativas naturais para tratar das pessoas. Ficou conhecido como o pai do herbalismo moderno e seus trabalhos tiveram uma enorme importância para a fitoterapia e aromaterapia atual.
No século XIX, a perfumaria gerou uma próspera indústria. Os perfumes eram guardados em vidros que eram verdadeiras obras de arte. Também neste século os principais constituintes de óleos essenciais foram isolados.

A capacidade dos óleos essenciais de neutralizar os germes é hoje indiscutível. Mas os trabalhos experimentais primordiais neste domínio foram empreendidos na França por Chamberland, em 1887. Em 1888, Codéac e Meunier publicaram os resultados de suas pesquisas neste tema (Anais do Instituto Pasteur). Numerosas verificações, in vitro, deram resultados concordantes.

Durante o século XX, o conhecimento de separar os constituintes de óleos essenciais foi utilizado para criar químicos sintéticos e remédios. Acreditava-se que pela separação dos principais constituintes e seu uso isolado ou obtendo-os de forma sintética, era mais econômico e mais eficaz terapêuticamente. Estas descobertas ajudaram na formação da “medicina atual” e das fragrâncias sintéticas. Isso, contudo enfraqueceu a utilização de óleos essenciais como remédios.

Em 1910 o Dr. Otto Wallach ganhou o prêmio Nobel em química pelo seu trabalho na análise e identificação dos componentes primários (terpenos) dos óleos essenciais das plantas aromáticas.

René-Maurice Gattefossé é
considerado o pai da aromaterapia
Gattefossé foi quem criou a palavra “aromaterapia” em 1928 com um artigo onde ele citava o uso de óleos essenciais na sua totalidade sem que fossem divididos em seus constituintes básicos. Em 1937, ele escreveu um livro chamado “Aromathérapie: Les Huiles essentielles hormones végétales”. Gattefossé veio a ficar fascinado pelas possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais a partir de uma experiência pessoal com o óleo de lavanda. Ao estar trabalhando, ele sofreu um acidente com uma forte queimadura em seus braços. Num ato sem pensar ele os mergulhou numa tina de lavanda, que pensava ser de água e percebeu imediatamente que a sensação de dor logo passou. Em poucos dias o machucado havia sarado e no lugar da queimadura não ficou nenhuma cicatriz. Isto o levou a se interessar em pesquisar as possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais. Ele também descobriu que muitos óleos essenciais são mais efetivos em sua totalidade do que seus ingredientes ativos isolados ou sintetizados. No início de 1904 Cuthbert Hall já havia demonstrado que o poder anti-séptico do óleo de eucalipto globulus em sua forma natural era muito mais forte do que seu principal constituinte e princípio ativo isolado, o eucaliptol (= cineol).

Em 1949 foi criada a “The Fragrance Foundation” por seis líderes da indústria de perfumaria, Elizabeth Arden, Coty, Guerlain, Helena Rubenstein, Chanel e Parfums Weil. Foi criada com a intenção de desenvolver programas educacionais a respeito da importância e prazeres das fragrâncias para o público americano.

Outros aromaterapeutas importantes do século XX foram Jean Valnet, Marguerite Maury e Robert B. Tisserand.

Dr. Jean Valnet. Importância
na estruturação da aromaterapia
clínica na 
Nos anos sessenta, um movimento de renascimento da corrente francesa foi iniciado por Jean Valnet que se entusiasmou pelo extraordinário poder curativo dos óleos essenciais; o que, graças à publicação de sua obra, Aromathérapie, lançou a nova onda de interesse pelas “essências” no grande publico e para numerosos médicos que integraram em maior ou menor intensidade esta terapêutica ao seu “arsenal”. O Dr. Jean Valnet é lembrado pelo seu trabalho utilizando óleos essenciais para tratar soldados feridos durante a guerra. Ele serviu durante a Segunda Guerra Mundial e utilizou óleos essenciais quando seu estoque de antibióticos tinha sido todo utilizado. Ele se espantou ao ver que os óleos funcionavam tão bem quanto os antibióticos.

Este movimento presente em diversas escolas permitiu milhares de médicos se formarem na prática de uma nova técnica anti-infecciosa. Uma dinâmica médico-farmacêutica original, resultando da associação de farmacêuticos sempre desejosos de responder eficazmente às prescrições dos práticos e de certos laboratórios de biologia que praticavam os aromatogramas encorajados por centenas de milhares de pacientes desejosos de estarem no primeiro lugar para as aplicações deste movimento e das ramificações entendidas.

Convêm ressaltar aqui a posição particular da França, ao menos sob o plano da prática da aromaterapia médica, e especialmente anti-infecciosa. Muito rapidamente, os farmacêuticos engajados não hesitaram em afixar a palavra “Aromaterapia” em suas vitrines, inscrição inconcebível dentro deste conceito em países anglo-saxões, onde o termo “Aromatherapy” recobre toda uma outra realidade.

Recorrendo a este procedimento após o excelente popularizador que foi Jean Valnet, as escolas de Jean Claude Lapraz e Christian Duraffourd por um lado, e de Paul Belaiche de outro, assim como outros agrupamentos espalhados pelo país, efetuaram os trabalhos de aprofundamento sobre as atividades e aplicações terapêuticas de extratos aromáticos.
Marguerite Maury foi a responsável
pelo surgimento da aromaterpia holística
e da técnica de massagem aromaterápica
A australiana Marguerite Maury é lembrada como uma bioquímica que avidamente estudou, praticou e testou óleos essenciais primeiramente com finalidades cosméticas. Ela foi a pioneira em introduzir a visão holística dentro da aromaterapia, criando assim um método de aplicação dos óleos pela massagem e de acordo com as características temperamentais e de personalidade de seus clientes. Em 1961, lançou o livro“Le Capital Jeunesse”, traduzido em 1964 na Inglaterra por Danièle Ryman, tendo sido o gancho forte para a inserção da técnica neste país.
Robert B. Tisserand é um aromaterapeuta inglês que foi responsável por ter sido um dos primeiros indivíduos a ensinar a respeito de aromaterapia às nações de língua inglesa. Ele escreveu livros e artigos incluindo uma das publicações mais importantes na área que foi “The Art of Aromatherapy” (1977). Este foi o primeiro livro de aromaterapia publicado em inglês.

Robert Tisserand foi responsável
pelo lançamento do primeiro livro
de aromaterapia em inglês
"The Art of Aromatherapy"

No Reino Unido a terapia com óleos essenciais foi introduzida através da profissão da terapia da beleza (estética e cosmetologia). O código de práticas das terapias de beleza na Inglaterra não permite a administração de nada oralmente e isto ficou registrado nos códigos das primeiras associações de Aromaterapia e as últimas têm feito o mesmo. Assim, a prática clínica com estudo aprofundado de química e utilização oral na França deixou lugar para uma forma mais simples de uso dos óleos através do uso de cremes, massagem e inalação. Este novo modelo fez a técnica se dividir em dois grandes sistemas, o que podemos denominar hoje de aromaterapia francesa (ou aromatologia - mais profunda) e a aromaterapia Inglesa (mais simples). Até o presente momento, o FDA ainda não aprova a utilização oral de óleos essenciais, contudo muitos óleos são empregados desta maneira na Europa e em alguns lugares de forma comum e popular. A ANVISA no Brasil, ainda não possui nenhuma legislação neste sentido. O ponto crítico desta diferença envolve duas questões: 1º - A falta em alguns países de cursos com uma base de conhecimentos mais aprofundados e embasados em estudos científicos (bioquímicos e terapêuticos) e 2º - A forte pressão da Indústria farmacêutica sobre governos para restrição da venda e prática de alternativas naturais não alopáticas, dado ao contínuo aumento da utilização de produtos e práticas holísticas que tem ocasionado perdas anuais de alguns bilhões de dólares para os grandes laboratórios.
  
Desde a segunda metade dos anos 70, a utilização da aromaterapia tomou uma nova força na França, com os trabalhos do Dr. Pierre Franchomme primeiramente e em seguida seu discípulo Daniel Pénöel, que em colaboração com numerosos outros médicos, farmacêuticos, biólogos e pesquisadores, estudaram os óleos essenciais, perseguindo e suscitado trabalhos em aromaterapia.

Em 1982, uma parte da “The Fragrance Foundation” fundou o “Sense of Smell Institute”, uma organização sem fins lucrativos devotada a dar suporte à pesquisa científica e psicológica em universidades e hospitais ao redor do mundo relacionados a esclarecer os mistérios e importância do sentido do olfato e os efeitos benéficos das fragrâncias. Juntas, criaram a terminologia “Aromacologia” em 1989 em Nova York com a intenção de definir cientificamente a influência dos cheiros sobre as emoções e sentimentos.

Nos finais do século XX e no início do século XXI, houve um resurgimento da utilização de produtos mais naturais, incluindo óleos essenciais para benefícios cosméticos e aromáticos. A utilização de óleos essenciais nunca parou, mas a revolução científica diminuiu a popularidade e uso de óleos essenciais na vida diária das pessoas. Hoje, com a disponibilidade de maior número de informações na internet, artigos, livros publicados e cursos disponíveis, as pessoas tem novamente voltado-se ao uso dos óleos essenciais em suas vidas, seja como cosméticos, perfumes, finalidades religiosas ou remédios.


© Laszlo Aromaterapia Ltda.
Texto do livro: Introdução à Aromatologia – Ed. Laszlo (em prelo)
Retirado do site: http://laszlo.ind.br/default.asp?pagina=historia


Referências:

AGORA, The Aromatherapy Global Online Research Archives -
http://www.nature-helps.com/agora/agora.html

FLÉGNER, Fábián László – Aromaterapia para iniciantes – Ed. Laszlo, 2010
________, Fábián László – Guia de óleos essenciais de todo o mundo – Ed. Laszlo, 2009

FRANCHOMME, P., PENOEL, D. L'aromatherapie exactement. Limoge: Roger Jollois, 1996.

GATTEFOSSÉ, René-Maurice. Gattefossé's Aromatherapy. Saffron Walden, UK: The C.W. Daniel Company Limited, 1993.

LAWLESS, Julia. The Illustrated Encyclopedia of Essential Oils. Rockport, MA: Element Books, Inc., 1995.

MANNICHE, Lise. Sacred Luxuries: Fragrance, Aromatherapy & Cosmetics in Ancient Egypt. Ithaca, NY: Cornell University Press, 1999.

Penny Price Academy: www.penny-price.com

PRICE, Shirley. Shirley Price's Aromatherapy Workbook. London, UK: Thorsons, 1993.

TISSERAND, Robert B. The Art of Aromatherapy. Rochester, VT: Healing Arts Press, 1977.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Bolo de Chocolate com Óleo Essencial de Cacau

Que tal preparar um delicioso bolo de chocolate para o café da tarde? Melhor ainda se ele for aromatizado com óleo essencial!!!

Sim, alguns óleos essenciais são bastante utilizados para aromatizar e intensificar o sabor de receitas e bebidas. 

Hoje vou passar para vocês uma receita super fácil e deliciosa do bolo de chocolate com OE de cacau absoluto. Fica um espetáculo e você já percebe na hora em que esta assando!

Bolo de Chocolate de Liquidificador
Foto de arquivo pessoal

Ingredientes:
  • 1 1/2 xícara (chá) de leite morno
  • 3 ovos
  • 4 colheres (sopa) de margarina
  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 3 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1 xícara (chá) de chocolate em pó
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • 2 gotas de óleo essencial de cacau absoluto
Cobertura:
  • 4 colheres (sopa) de açúcar
  • 4 colheres (sopa) de água
  • 1 colher (sopa) de margarina
  • 6 colheres (sopa) de chocolate em pó
Preparo

Massa:

Coloque todos os ingredientes no liquidificador, lembrando de colocar primeiro os líquidos e depois os secos ok. Bata bem até que fique homogêneo.

Despeje a massa em uma assadeira untada com margarina e farinha e leve ao forno, pré-aquecido em 180°C. Asse por 40 minutos ou até que ao espetar um palito, este saia limpo e seco.

Espere esfriar e desenforme, em seguida coloque a calda por cima.

Cobertura:

Coloque tudo numa panela e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até engrossar. Deligue e despeje sobre o bolo.


Sobre o Óleo Essencial de Cacau Absoluto

Nome científico: Theobroma cacao
Origem: América do Sul, Brasil.

Como é extraído: 
o absoluto de cacau, que não é exatamente um óleo essencial puro é extraído das sementes secas e torradas do cacau pela extração com solvente. É utilizado o solvente hidrocarbono para extrair o óleo das sementes, formando assim o concreto. Para obter o absoluto, o concreto é "lavado" com álcool. Isso é congelado para separar a parte sólida da liquida.  O álcool é então evaporado, restando apenas os princípios líquidos da planta e alguns poucos pigmentos. Um absoluto, não contém ingredientes 100% naturais, no entanto os produtores garantem a qualidade e segurança do produto contra qualquer tipo de intoxicação, justamente pelo avanço das técnicas de extração e filtração. Esses absolutos são amplamente utilizados na indústria alimentícia, perfumaria e como fitoterápicos.

Propriedades terapêuticas:
o absoluto de cacau contém os antioxidantes presentes nas sementes do cacau e devido a isso torna-se um poderoso rejuvenescedor quando empregado em cosméticos com concentrações acima de 0,5%.

O óleo tem um aroma doce e afrodisíaco. Este aroma poderoso, age diretamente na área límbica do cérebro regulando a produção do hormônio grelina, diminuindo assim a vontade de comer. Este hormônio é responsável pela sensação de fome e é produzido principalmente pelo estômago mas também pelo pâncreas e pelo hipotálamo. Quando o estômago fica vazio a produção de grelina aumenta e age no cérebro dando a sensação de fome. É um hormônio importante também no aprendizado, memória e adaptação a novos ambientes. Sendo assim, o OE de cacau pode ser utilizado para tratar ansiedades e distúrbios da fome.

É um óleo que também age promovendo mudanças emocionais, pois ajuda a diminuir a sensação de carência, solidão e medo.  No corpo ele é excelente para combater a gordura localizada pois contem teobromina que é um estimulante e age muito parecidamente como a cafeína.





segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Terapias naturais no tratamento do ressecamento vaginal

Ressecamento vaginal é um dos problemas que boa parte das mulheres, principalmente na fase da menopausa e pós menopausa, sofrem. No entanto mulheres mais novas também podem sofrer com este incômodo.

Este ressecamento normalmente ocorre devido a redução do hormônio estrogênio. Este hormônio é responsável por manter os tecidos da vagina lubrificados e saudáveis. Com sua diminuição ocorre o afinamento da mucosa interna da vagina, responsável pela textura macia e elasticidade vaginal.

Os sintomas mais comuns decorrentes do ressecamento são: irritação e coceira vaginal, maior suscetibilidade a infecções (devido à mudança de pH), diminuição da excitação/lubrificação e dor durante as relações sexuais.

As causas, excluindo condições médicas mais graves como tumores de ovários e útero, abrangem:

  • menopausa
  • distúrbios hormonais não tratados
  • gestação: durante os primeiros meses a gestante pode sofrer com esta condição devido as bruscas alterações hormonais
  • aleitamento materno: durante este período também é comum a mulher sofrer com ressecamento vaginal devido a oscilação de estrogênio
  • infecções vaginais
  • higiene intima excessiva
  • uso de sabonetes ou produtos íntimos com corantes e aromas artificiais
  • fazer uso de medicamentos como vasoconstritores, antidepressivo, anti-histamínico, enfim...qualquer medicamento que na bula tenha como possíveis reações ressecamento da mucosa bucal também pode ressecar a mucosa vaginal
  • estresse
Tudo isso abala psicologicamente a mulher, ela passa a se sentir vulnerável, incapaz e leva ao sentimento de culpa, medo de ser rejeitada, pode até afetar a relação entre os casais devido a baixa libido e dores na penetração. 

Formas de Tratamento Convencionais:

As formas mais comuns na medicina alopática são o uso de lubrificantes e umidificantes vaginais,
que não precisam de prescrição médica, e a reposição hormonal de estrogênio (com prescrição médica) sob a forma de pílulas, cremes e supositórios.

Dentre os lubrificantes são preferíveis os a base de água, os que são a base de vaselina ou óleo podem irritar ainda mais a mucosa. Alguns ainda possuem em sua composição ácido hialurônico e glicerol que além de lubrificar reidratam a mucosa e tem duração mais longa.

Formas de Tratamento Naturais: Aromaterapia

Dentro da aromaterapia existem óleos essenciais que possuem propriedades fitoestrogênica, ou seja, são compostos químicos que molecularmente assemelham-se ao hormônio estrogênio e se ligam ao seu receptor (a famosa chave-fechadura) desencadeando assim o estímulo necessário para regular os desequilíbrios hormonais. Neste sentido, os óleos essenciais agem para reduzir a irritação e a inflamação e melhorar a lubrificação vaginal, diminuindo a dor durante as relações sexuais.

No entanto, na Aromaterapia os óleos essenciais não devem ser utilizados puros, principalmente nas mucosas, que são tecidos muito sensíveis. Para isso faz-se necessário utilizar óleos vegetais, que irão diluir os óleos essenciais e funcionar como veículo carreador. Mas, os óleos vegetais também possuem propriedades terapêuticas e por isso escolhe-los adequadamente é igualmente importante.

Óleos Vegetais a considerar:


  • Calêndula (Calendula officinalis): este óleo é calmante dos tecidos, muito utilizado para curar ferimentos, tem ação anti-microbiana prevenindo assim as infeções e é anti-inflamatório.


  • Confrei -  raiz ou folha (Symphytum oficinale): é um óleo muito hidratante (umedecedor), curativo e calmante dos tecidos inflamados. Ele também tem ótima ação emoliente devido seu teor de mucilagem (polissacarídeo complexo presente nas células vegetais com função de reter água e aumentar o volume, formando uma substância viscosa protetora)


  • Trevo vermelho (Trifolium pratense): também chamado de trevo-dos-prados, trevo-roxo, trevo-comum. O óleo macerado das flores é rico em isoflavonas, flavonóides, cumarinas, óleos essenciais, saponinas. Das isoflavonas as principais e mais importantes são: biochanina A, formononetina, genisteina e daidzeina, estas funcionam como hormônios fitoestrogênicos. É muito utilizado para tratar sintomas da menopausa, ressecamento e atrofia da mucosa vaginal e problemas dermatológicos como eczema e psoríase. Não deve ser utilizado concomitantemente com pilulas de reposição hormonal.


  • Hipérico/ Erva-de-São-João (Hypericum perforatum): é um óleo com propriedades antisséptica, bactericida, adstringente, cicatrizante, calmante e sedativa. Utilizado para tratar ferimentos leves. As flores são utilizadas em forma de capsulas, comprimidos ou infusões para tratar estados de ansiedade e depressão leve a moderada. Para utilizar esta erva sob a forma de fitoterápico (prescrição de cápsula ou infusão) procurar um profissional qualificado.


  • Yam Mexicano (Dioscorea villosa): também chamado inhame-selvagem, tem propriedades anti-inflamatória, colagogo, afrodisíaco. Este óleo contém a diosgenina que é considerado um fito-hormônio precursor da progesterona e por isso é muito empregado para tratar os sintomas da menopausa, cólicas menstruais, dores pós parto, infertilidade. A parte medicinal se concentra na raiz e rizoma da planta. 


  • Coco (Cocos nucífera): este óleo é extraído da polpa do coco fresco maduro por prensagem a frio e não passa pelos processos de refinamento e desodorização. Ele é rico em ácido caprílico, mirístico e laúrico. O ácido caprílico é um ácido graxo presente em sua forma natural no coco e no leite materno. Tem função antifúngica e anti-infecciosa, bastante empregado para tratar candidíase. O óleo de coco nutre os tecidos e é umectante. Ele mantém a umidade da pele e mucosas e também trata irritações e inflamações. Fortalece o sistema imunológico.

  • Gérmen de trigo (Triticum vulgare): extraído por prensagem a frio do germe do trigo. O germe é a parte mais nobre do grão de trigo, é onde a nova planta começa a brotar, é onde se concentra a maior quantidade de energia vital. Este óleo é rico e vitaminas A, D, E, B1, B2, B3 e B6 além de ácidos graxos essenciais, proteínas e minerais. Ele tem excelente ação antioxidante e regenerativa. É aplicado para tratar irritações da pele, rachaduras e assaduras. Ele aumenta a oxigenação das células  por ser vasodilatador. Devido seu teor de vitamina E, ele é bastante indicado para tratar infertilidade.



Óleos Essenciais a considerar:

  • Camomila Romana (Chamaemelum nobile): este óleo é destilado a partir das flores, tem coloração amarelo pálido e aroma adocicado lembrando maçã quente. Composto principalmente de esteres (<80%) tem ação calmante e anti-inflamatória, sendo muito empregado para cuidar de coceiras, irritações e reações alérgicas. Também tem ação anti-microbiana.

  • Olíbano (Boswellia carteri): também chamado de frankincense o óleo essencial é extraído da resina obtida por pequenos cortes na casca da árvore. Tem coloração amarelada e um aroma que lembra "igreja".Composto por 40% de monoterpenos, tem propriedades calmantes para as mucosas. Era muito empregado pelos egípcios para tratamentos de beleza através de máscaras faciais de rejuvenescimento. É um óleo anti-inflamatório, revitalizante e antioxidante. Ótimo para tratar cistite e problemas respiratórios.

  • Immortelle (Helichrysum angustifolium): o óleo essencial é extraído dos botões de flores e das flores, tem coloração âmbar com aroma doce, suave e quente com tons verdes. Composto em sua maior parte de álcoois e esteres (>50%) tem propriedades mucolítica, anticoagulante, calmante, relaxante. É utilizado para tratar rinites, bronquites asmáticas e tosse espasmódica. Estimulante hepático, diminui enxaquecas, melhora o sistema imunológico, combate hematomas internos e externos, ferimentos e inflamações. Além disso tudo é um óleo que resgata a intuição e promove conexão e cura espiritual.

  • Lavanda (Lavandula angustifolia): óleo essencial curinga da aromaterapia, é extraído das flores no ápice da floração. Seu óleo tem coloração pálida com aroma floral, doce e fresco. Tem como principais constituintes químicos os álcoois e esteres (<55%). Suas propriedades são calmante, relaxante, sedativa, cicatrizante, regeneradora e antisséptico. Utilizado para muitos fins dentro da aromaterapia, é muito útil em alergias, lesões teciduais, queimaduras, irritações. É um óleo que ajuda a promover a emoliência necessária em tecidos mais ressecados.

  • Neroli (Citrus aurantium var. amara flos): extraído por destilação ou por solvente das flores da laranjeira amarga, é um óleo de coloração amarelo pálido e aroma doce, floral, fresco e cítrico. Seus constituintes químicos majoritários são álcoois (40%), terpenos (35%) e esteres (7 - 20%). Tem como principais funções ser calmante, ansiolítico e regenerador. É um óleo essencial caro e bastante adulterado no mercado.

  • Sândalo Australiano (Santalum spicatum): este óleo é extraído das raízes e do cerne da árvore. Na Austrália existem 5 espécies de sândalo, no entanto apenas 2 são comercialmente importantes: Santalum spicatum e Santalum lanceolatum. O incentivo comercial destas espécies se deu pelo fato de o Sândalo Missoure (Santalum album) estar ameaçado de extinção e ser um óleo muito caro.  Os principais constituintes químicos do óleo essencial de sândalo australiano são os álcoois: A- santalol, B-santalol, A-bisalobol, trans-A-bergamotol (65-90%). Estudos demonstram que este óleo essencial é quimicamente semelhante ao Sândalo Mysore - Indiano (Santalum album), não devendo em nada terapeuticamente e aromaticamente para o mesmo. Suas propriedades terapêuticas são: antisséptico, afrodisíaco, bactericida, emoliente, fungicida, tônico entre outras.  O óleo apresenta coloração amarela e aroma amadeirado, balsâmico e doce.

  • Rosa (Rosa damascena): extraído por destilação das pétalas (também pode ser extraído por solvente originando o absoluto de rosas). É um óleo essencial caro devido a enorme quantidade de pétalas necessárias para se obter 1 única gota do óleo puro. Te coloração amarelo pálido e aroma floral adocicado e levemente picante. Os principais constituintes químicos são os álcoois (25%) e monoterpenos (25%).  Terapeuticamente este óleo age como cicatrizante, anti-inflamatório, antisséptico, bactericida, fungicida, antiviral, adstringente, afrodisíaco, sedativo, desinfetante, colagogo.  Bastante empregado para tratar depressão, problemas de pele, desequilíbrios hormonais femininos.

Receitas Naturais com Óleos Vegetais e Óleos Essenciais

Pomada Lubrificante I


  • 1/4 de xícara de óleo vegetal de calêndula
  • 1/8 de xícara de óleo vegetal de hipérico
  • 1/8 de xícara de óleo vegetal de confrei
  • 14 gramas de cera de abelha ou de candelila
  • 10 gotas de óleo essencial de olibano
  • 7 gotas de óleo essencial de lavanda
  • 5 gotas de óleo essencial de camomila romana

Pomada Lubrificante II

  • 1/4 de xícara de óleo vegetal de calêndula
  • 1/4 de xícara de óleo vegetal de coco
  • 14 gramas de cera de abelha ou de candelila
  • 10 gotas de óleo essencial de sândalo australiano
  • 12 gotas de óleo essencial de immortelle
  • 3 gotas de óleo essencial de rosa

Preparo:

Em uma panela de banho-maria, derreta a cera de abelha. Em seguida acrescente os óleos vegetais, misturando bem para ficar homogêneo. Retire do bano-maria. Adicione os óleos essenciais e misture bem. Coloque a pomada em potinhos limpos e previamente esterilizados**. Tampe bem, coloque a etiqueta. 
Esta receita faz aproximadamente 113 gramas. Se bem conservado, devidamente tampado e protegido da luz, esta pomada dura até 2 anos mas, o ideal é utilizá-la em até 8 meses após a data de fabricação.

** Como esterilizar vidros

Escolha um pote de vidro que possua uma tampa que vede bem e lave com água e detergente. Pegue uma panela e forre o fundo com um pano limpo. Coloque o pote de boca para baixo e cubra com água. Deixe ferver por 15 minutos. Quando faltar 5 minutos jogue a tampa para que também seja esterilizada. Deixe esfriar naturalmente para que não quebre. Depois que esfriar um pouco, com uma pinça já esterilizada, retire o pote e a tampa da panela e coloque com a boca para baixo em um outro pano limpo para secar.



Óleo Lubrificante e cicatrizante I


  • 56 ml de óleo vegetal de calêndula
  • 28 ml de óleo vegetal de confrei
  • 28 ml de óleo vegetal de hipérico
  • 14 gotas de óleo essencial de olíbano
  • 6 gotas de óleo essencial de camomila romana
  • 3 gotas de óleo essencial de rosa

Óleo Lubrificante e cicatrizante II

  • 56 ml de óleo vegetal de germen de trigo
  • 28 ml de óleo vegetal de yan mexicano
  • 28 ml de óleo vegetal de trevo vermelho
  • 14 gotas de óleo essencial de lavanda
  • 10 gotas de óleo essencial de immortelle
  • 8 gotas de óleo essencial de sândalo australiano

Preparo:

Colocar todos os óleos vegetais dentro de uma embalagem tipo pump, acrescentar os óleos essenciais, fechar e agitar bem antes de usar.


Supositórios Vaginais Naturais

Geralmente os supositórios naturais são feitos a partir de uma combinação de manteiga de cacau com um óleo vegetal semilíquido como o de coco extra virgem ou coco babaçu ou ainda o óleo de gergelim.  

Os supositórios são indicados para tratar infecções e inflamações vaginais, secura vaginal, fissuras retais e hemorroidas.

 Como fazer:

  • 10 gramas de manteiga de cacau
  • 10 gramas de óleo vegetal de coco/ babaçu ou gergelim

Primeiro passo:

Esterilizar todos os utensílios utilizados para fazer o supositório: copos de medida, colher de pau, recipiente para misturar.

Segundo passo:


Fazer o molde do supositório. Para isso você vai precisar de uma folha de papel alumínio e da colher de pau.
Abra a folha de papel alumínio, coloque o cabo da colher de pau e enrole de 4 a 5 vezes para que fique bem firme.


Retire o cabo do molde, corte o excesso de papel alumínio e dobre uma das extremidades duas vezes, bem dobrado para fechar. Reserve este molde.


Terceiro passo:


Em uma panela de banho-maria, derreta a manteiga de cacau e o óleo vegetal escolhido, mexendo bem para ficar homogêneo. Assim que estiver tudo bem derretido, retire do fogo.
Em seguida acrescente a seguinte sinergia de óleos essenciais e misture bem:
  • 20 gotas de óleo essencial de sândalo australiano
  • 10 gotas de óleo essencial de rosa
Esta é uma excelente sinergia para tratar o ressecamento vaginal.

Quarto passo:

Coloque a mistura dentro do molde do supositório.


Coloque o molde já preenchido dentro de um copo para que ele fique em pé. Leve ao freezer por aproximadamente 1 hora para endurecer.

Quinto passo:

Retire do freezer e desembrulhe os supositórios. Com o auxílio de uma faca esterilizada, corte-os com mais ou menos 2,5 cm.


Sexto passo:

Armazene os supositórios cortados em um recipiente de vidro esterilizado e guarde-o na geladeira.


Posologia

Utilize 1 vez ao dia, preferencialmente ao deitar-se para dormir ou utilize 3 a 4 horas antes de ter relações sexuais.



Fontes:
http://theida.com/aromatic-medicine/aromatherapy-and-vaginal-dryness
http://vivomaissaudavel.com.br/saude-e-beleza/dicionario-da-saude/r/000892/ressecamento-vaginal/
http://www.criasaude.com.br/N10523/doencas/secura-vaginal.html
https://www.aromaceuticals.com/blog/the-mythology-of-sandalwood
https://www.auracacia.com/auracacia/aclearn/features/sandalwood2.html
https://www.mountainroseherbs.com/products/sandalwood-australian-essential-oil/profile
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